13 janeiro 2012

07 # Carta para o teu ex-namorado/amor


Bernardo.

Olá. A vida vai boa? A minha nem por isso. Porquê? Oh, porque não estás aqui comigo. Sim, tenho saudades tuas e estranhamente, quando comecei a escrever esta 'carta' , a luz da sala aumentou, ficou tudo mais claro e iluminado. Continuando (...) sabias que ontem adormeci a pensar em ti? Foi. ' phones on, volume up. ignore the world' , foi basicamente isso. Apenas te via a ti à minha frente, e as memórias ressaltaram na minha mente, como se tivesse tudo a acontecer de novo nos meus olhos. Foi realmente estranho porque, quando dei por mim, tinha um sorriso exposto ao mundo. Era um daqueles sorrisos que não existia à muito tempo. Daqueles que apenas tu me davas e que, pelos vistos, continuas a dar. Sabias que hoje passei pelo teu irmão e vi-te a ti, por uns segundos? Ele sorriu para mim, e foi aí que tudo passou rapidamente pela minha mente. Tudo isto ocorreu onde costumava-mos estar às quintas, a seguir ao almoço, lembraste? Quando tu tinhas ciumes de toda a gente à minha volta e amuavas. Apesar de nunca teres percebido, eu também tinha ciumes. Tinha ciumes das pessoas que nunca te largavam. E, já que estou a confessar coisas, lembraste de quando estavas sentado no pavilhão principal e o vidro atrás de ti, se partiu e caiu em cima de ti? Eu não estive lá. Estava 'chateada' contigo. Nunca mais te vi nessa quinta. Era normal encontrarmos-nos ao pé da b12. Naquele sitio calmo, ninguém nos chateava. Nunca aconteceu nada demais, nem era suposto. Toda a gente pensava que sim, mas nunca ninguém percebeu 'isto'. Vês? Já estou a mudar de assunto, porque há tanto por dizer ... (...) lembraste quando aquilo aconteceu? Eu nem me lembrei de ti, nem pensei em 'nós', nem sequer dei pelas horas a passar. Só me lembro de ter tocado e eu ter ido para a aula, tu tinhas aula à minha frente, mas, não estavas lá. Eu, como sou, imaginei logo que estavas a (...) enfim, até me arrependo de ter pensado isso. O certo é que não pensei mais em ti naquele dia. E no dia seguinte, nem sinal teu. Não era normal faltares, nunca foi, por isso, pensei que andasses mais entretido com outras coisas (...) naquele dia, apenas tínhamos 45 minutos para estarmos juntos, mal nos víamos. Durante o meu almoço, ( estavas em aulas ) , disseram-me que tinhas ido para o hospital e estavas de braço ao peito. Oh meu Deus! Tu nem imaginas como é que eu fiquei. Perdi a fome, esqueci tudo e tentei entrar na tua sala, mas impediram-me. Quando tocou para ti, tinha 15 minutos para te procurar e saber se estavas realmente bem ; ficar descansada.
Mal me levantei, vinhas tu na direção oposta. Não consegui olhar para ti, limitei-me a olhar para o teu reflexo na janela e vi-te olhar para mim. Estavas triste, como se me tivesses a dizer para falar contigo. Eu senti um aperto enorme no coração. Mantive-me calada e não olhei para ti, limitei-me a ir embora. Sentia-me culpada.
Nem sei que dizer agora. Deitei tudo cá para fora. E, o resto? Fica para depois. Calhau.