11 dezembro 2011

era « se», mas a verdade é que acabou com « porquê ». o porquê de nunca ter lutado para que o « se » fosse « é » ; o porquê de nunca ter percebido que o « se » sempre foi possivel, mas eu nunca ter percebido. o porquê de ter começado num simples dia e ter acabado um ano depois, numa noite que mudou tudo. apenas o « porquê » de simplesmente ter continuado. agora, são meras memórias escritas na folha de um caderno pequeno, com poucas páginas, poucas coisas para contar. um caderno perdido, mas nunca esquecido. um caderno que parece nunca mais ter fim, quando na verdade, nunca teve realmente um inicio. porque nenhum sentimento se realiza somente de uma alma, mesmo que ela sinta o que eu senti. a minha vontade ? chorar. não de arrependimento, não de saudade. de orgulho. orgulho de ter conseguido sentir algo tão puro, tão verdadeiro, durante tanto tempo, mesmo sabendo que era apenas um « eu » & nunca um « nós ».
tento não libertar tudo o que existe em mim através de lágrimas, mas sim de sorrisos, como tu sempre me ensinaste a fazer.
mudei, tal como tu mudaste. deixaste de ser o que eras ; não para o mundo, mas para mim. eu deixei de ser o que era, simplesmente porque tu fazias parte de mim, daquilo que me fizeste ser.
tudo mudou, mas tu permaneces ; como sempre prometi, nas noites mais frias e nas mais quentes que este ano teve.
                                        gosto muito de ti,
Bernardo Calhau Gonçalves Nunes.